12 princípios do evangelismo segundo David Bosch parte 1
Para a diferenciação entre missão e evangelismo, o teólogo de missões David J.Bosch propõe estes seguintes enunciados, para esta diferenciação.
O primeiro é: A Missão da Igreja é mais ampla que o evangelismo, porque a Igreja é enviada por Deus ao mundo para que venha a realizar uma tarefa global de libertação do ser humano da escravidão, que pode se estender “da necessidade econômica ao abandono de Deus”. Uma Igreja enviada para pregar, ensinar, amar, servir, curar, libertar, a todos aqueles que são alvo da ação de Deus.
O segundo é: O Evangelismo é parte integrante da missão, porém não é a missão,
mas esta atividade de evangelismo não deve estar dissociada da missão, apesar
de ter seu caráter distintivo, porque se assim o fizer a Igreja se tornará
suspeita de não cumprir cabalmente a missão que Deus lhe deu, que é manifestar
o senhorio de Cristo a todas as nações.
O terceiro é: O Evangelismo implica testemunhar o que Deus fez, está fazendo, e fará,
isto significa que o evangelismo é o anúncio do Deus criador e soberano que
resolveu intervir pessoalmente na história humana e o fez definitivamente
através da pessoa e do ministério de Jesus de Nazaré, o Senhor da história, o
Salvador, e o Libertador.
O quarto é: O
Evangelismo objetiva uma resposta, esta resposta se traduz em
arrependimento e fé, ou seja, um chamado que visa a mudança de vida, em que o
ser humano renuncia ao domínio do pecado e assume a responsabilidade da
obediência a Deus através do amor; amor a Deus e ao próximo.
O quinto é: O Evangelismo é sempre um convite: Um convite ao arrependimento, em
que as pessoas se voltam para Cristo, atraídas pelo amor de Deus, e não através
de esforços que prometem a solução para problemas psicológicos, a provocação de
sentimentos de culpa para que
desesperadamente as pessoas se voltem para Cristo, e tampouco este convite
envolve uma descrição dos horrores do inferno para que as pessoas se
atemorizem. O convite ao arrependimento deve levar as pessoas a uma experiência
da graça de Deus em que elas se conscientizem de que Cristo é a solução para a
situação de pecado e escravidão que estas vidas
estão passando.
Em consequência, o evangelista não pode ser um juiz de quem porventura venha a
responder negativamente ao convite de salvação, visto que só quem pode
convencer o ser humano do pecado, da justiça e do juízo é o próprio Espírito de
Deus (Jo 16.8).
O evangelismo envolve também o cumprimento de uma
incumbência da Igreja, apesar do evangelista estar convicto de que muitas vezes
acontecerá de encontrar pessoas que respondam negativamente ao chamado de Deus,
esta incumbência envolve o anúncio da boa nova a todos os seres humanos. E
isto é a demonstração do reconhecimento da soberania de Deus, visto que ela é
também expressa em seus mandamentos, e não somente nos decretos divinos.
O sexto é: O Evangelismo só pode acontecer se a Igreja for uma comunidade que
exibe um estilo de vida atraente que manifeste a glória de Cristo, aqui,
isto significa, que a Igreja deve viver aquilo que prega, se ela prega o amor,
a esperança, a fé, a justiça, e a paz, dentro dela, tudo isto deve estar
perceptível. Senão, a credibilidade do anúncio do evangelho, por parte da
Igreja, estará seriamente comprometida. Por que muitas pessoas rejeitaram a
mensagem do evangelho? Porque não viram na Igreja aquilo que ela pregou.
Comentários
Postar um comentário