Vida de David Brainerd 2

Continuando nossa sequência, segue a postagem:



            O primeiro trabalho de Brainerd como missionário foi em Kammameek, onde deveria aprender a língua indígena com um casal de missionários mais experientes; porém Brainerd não se adaptou ao casal, e resolveu trabalhar de forma independente; como resultado, não conseguiu bom êxito neste esforço, mesmo conseguindo mais tarde um intérprete, o seu esforço de evangelizar os índios não dava frutos, porque muitos dos indígenas eram hostis ao cristianismo. Deixou esta obra no ano de 1744, mesmo desanimado, não desistiu de trabalhar na evangelização dos indígenas.[1]

            O trabalho seguinte de Brainerd foi realizado na Pensilvânia, e apesar de possuir um novo intérprete, já que no trabalho anterior ele dispensou durante um bom tempo um intérprete, e ainda de ser bem recebido pelos indígenas, não obteve também os resultados que esperava, porque seu intérprete não tinha suficiente conhecimento de Cristo.

            Brainerd só começou a ver resultados de seu trabalho no verão de 1745, agora em Nova Jersey entre os índios de Crosswerksung, onde se evidenciaram cenas de conversões semelhantes às dos avivamentos experimentados por Edwards e Whitefield. Ele, nesta época, viu com grande júbilo “vidas transformadas”, que se comoviam em querer saber mais sobre a salvação em Cristo, portanto, diante deste estado de coisas, Brainerd sempre demonstrava uma grande preocupação com a salvação destes.[2]

            Assim, no ano de 1746, foi estabelecida uma igreja, depois de Brainerd convencer os indígenas dispersos de Nova Jersey a se reunirem em Cranbury. O avivamento continuou e após um ano e meio o trabalho dele resultou em quase cento e cinqüenta convertidos. Nestas muitas andanças de Brainerd pregando aos indígenas, ele sempre reclamou da debilidade de sua saúde, mas mesmo assim continuou perseverante em seu trabalho.[3]

            A última viagem de David Brainerd foi para Susquehanna; e nesta jornada ele teve bom êxito, porém a doença já o tinha prostrado. Nesta época, se tornou noivo da filha de Jonathan Edwards, Jerusha, que cuidou dele até sua morte, em 9 de outubro de 1747, de tuberculose, na casa de Edwards em Northampton. Jerusha veio a falecer no ano seguinte também de tuberculose devido ao provável contato que teve com Brainerd.[4]



[1] TUCKER, Ruth A. ACT., p.96.
[2] TUCKER, Ruth A. ACT.,96.
[3] Ibidem, p.99.
[4] TUCKER, Ruth A. ACT., p.99.

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